Urussanga intensifica trabalho de monitoramento em combate à Dengue  

O Governo Municipal de Urussanga, através da Vigilância Epidemiológica tem intensificado nas últimas semanas o trabalho de monitoramento e conscientização aos cuidados com o Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus. O estado de Santa Catarina está em alerta devido ao alto número de casos. Segundo boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), divulgado em 8 de abril, são 10.637 pessoas infectadas com dengue e 10 com chikungunya. Ao todo 29.154 focos do mosquito foram confirmados em território catarinense.

“Embora Urussanga não possua registro de focos e nem casos da doença, não podemos baixar a guarda. Nossos agentes estão trabalhando para monitorar e também conscientizar sobre os cuidados necessários para eliminar possíveis criadouros. Porém, é preciso uma atenção máxima da população, para que cuide de seus terrenos e também denunciem possíveis focos em terrenos baldios ou pela vizinhança”, explica a coordenadora de Vigilância em Saúde, Roberta De Bettio.

Segundo o agente de endemias, Vanderlei Figueiredo Tavares, o município possui atualmente 56 armadilhas espalhadas pelos bairros. “Tais armadilhas são vistoriadas todos os dias. A cada 15 dias, realizamos também, um levantamento em 12 pontos estratégicos, localizados em cemitérios, borracharias, ferros velhos e floriculturas. Todas as informações são repassadas para o estado, bem como as suspeitas de focos encontradas, porém, até o momento, tudo está sob controle e nenhum se confirmou”, destaca o agente.

Trabalho nas escolas

Na semana passada, os estudantes da Escola Vincenzo de Villa, puderam aprender um pouco mais sobre a dengue. “Com folders ilustrativos, jogos de tabuleiro e muita interação, pudemos mostrar um pouco da importância de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. São as crianças que geralmente levam o olhar crítico para dentro de casa e cobram dos pais esse cuidado. Ensinar elas os cuidados básicos, é uma forma de criar adultos mais conscientes e também fazer com que essa informação chegue no lar de cada uma delas”, ressalta Vanderlei.

Na oportunidade, o agente de endemias mostrou para as crianças como são as armadilhas espalhadas nos bairros do município. Além disso, amostras de larvas do Aedes aegypti foram expostas para que os alunos pudessem reconhecer e terem uma ideia de como é o ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. “Foi muito legal a interação com os estudantes. Eles são os nossos detetives e nosso futuro em sociedade. Levando essas informações para casa e cobrando de seus tutores a limpeza e cuidados que devem ter com recipientes que possam acumular água, eles estão auxiliando e muito no combate”, completa. 

Nas demais escolas, os professores trabalham o tema e um material impresso está sendo entregue para auxiliar nos estudos.

Agentes de Saúde

Importante elo na comunicação com a população, as Agentes Comunitárias de Saúde têm papel importante no cuidado com a Dengue no município. Para isso, a Vigilância Epidemiológica realizou um encontro com as profissionais na última semana, para orientar acerca do tema.

Denúncias

Para caso de dúvidas ou denúncias de pontos com água parada e acúmulo de lixo que possa se tornar reservatório para o mosquito transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, os urussanguenses podem entrar em contato pelo telefone da Vigilância em Saúde no (48) 3465-2010.

A Dengue

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada. Os sintomas da dengue são: febre, cefaléia, mialgias, artralgias, dor retro-orbital. Podem ocorrer, também, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves, apresentando manifestações hemorrágicas.

Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.

Como acabar com possíveis focos?

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

Por Ana Paula Nesi – Assessora de Imprensa PMU – com informações DIVE/SC