Educação Patrimonial: com palestra, Secretaria de Educação buscou aumentar conhecimento da cultura local dos profissionais de ensino

Mais de cem profissionais da educação e convidados participaram na noite desta quarta-feira (27), de uma palestra com o tema “Educação Patrimonial – patrimônio e identidade cultural de Urussanga”. A proposta faz parte do programa de formação continuada, oferecido pela Prefeitura Urussanguense, através da Secretaria Municipal de Educação, e é uma das atividades do projeto “Conhecer para Pertencer”. O encontro foi realizado no Centro Comunitário Central. “A gente tem a intenção de promover esse reconhecimento da importância da preservação do patrimônio histórico cultural do nosso município. A palestra foi bem importante, pois a gente pretende incutir nos professores essa ideia”, afirmou a Secretária de Educação, Janea Possamai.

Quando se fala em educação patrimonial, muitas pessoas ainda acham o tema um ‘bicho de sete cabeças’, mas segundo Wiliam Marques, que foi um dos palestrantes da noite, o tema está mais presente em nossa vida do que podemos imaginar. “Nosso dia a dia é patrimônio. Andamos em uma rua que tem o nome de alguém, usamos o sobrenome de alguém. Isso tudo é patrimônio. Até a forma como nos vestimos, nos comunicamos, tudo tem uma origem”, explicou o palestrante. Para exemplificar a riqueza do patrimônio de uma região, ele destacou três pilares:

  • Patrimônio Cultural: que é aquilo que nós somos, tudo que forma nossa identidade, como ritos, tradições, crenças, saberes, fazeres…
  • Patrimônio Material: que é tudo aquilo que tocamos. É físico e tem valor cultural, como edificações, locais, peças, escritos…
  • Patrimônio Imaterial: não tocamos, mas sentimos e nos identificamos, como as músicas, rezas, lendas, culinária, vocabulário, artes.

“É preciso conhecer para se sentir parte, para pertencer”, destacou Samanta Scussel, que conduziu a palestra ao lado de Wiliam.

Segundo a Secretária de Educação, muitos profissionais do ensino municipal, não são moradores de Urussanga, e alguns, mesmo sendo moradores, não tem dimensão do total de pontos turísticos e culturais que o município possui. Muitos pontos contam a história, lembram figuras locais e devem fazer parte do conhecimento dos alunos, para que a história não se perca e eles se sintam parte dela. Mas para que os alunos conheçam é necessário que os professores e diretores também tenham conhecimento e se sintam pertencentes. “É muito importante a ampliação do sentimento de pertencimento. Acreditamos que atingimos esse objetivo diante da condução dos trabalhos pelos dois palestrantes. Realmente precisamos fazer parte para nos sentirmos inseridos e sensibilizar os alunos em relação ao turismo e cultura de Urussanga”, frisa.

Muitas pessoas passam diariamente pela Praça Central de Urussanga e não conhecem a história por traz do Chafariz, acham bonito, mas não sabem porque a estrutura é como é, afirma Janea e completa explicando que “a água representa o oceano e a barra de pedra na horizontal unindo as duas colunas, representa a união dos dois continentes, através dos países Brasil e Itália”.

Os palestrantes

Wiliam Marques é graduado como guia turístico, Condutor Cultural e Ambiental pelo Senac, possui especialização técnica em Atrativos Culturais pelo Instituto Federal do Paraná, Empreendedor e contador de histórias.

Samanta Scussel é bacharel em Turismo pela Unisul, pós graduada em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela unesc, Empreendedora do ramo de turismo, Guia e Agente de viagens a mais de 18 anos.

Por Ana Paula Nesi – Assessoria de Comunicação PMU